terça-feira, 11 de novembro de 2014
Quentes e boas!... E atum de barrica!
E estas estão tão boas! Fui caçá-las mesmo aqui à porta.
Assim se comemora o Dia de S. Martinho.
Cá por casa, é tradição por esta altura comer-se atum de barrica cozido acompanhado de couves e batatas, comer castanhas assadas, batata doce assada e acompanhar com jeropiga ou água pé.
Descobri que esta tradição saloia de comer atum de barrica nesta altura, tem raízes na cozinha jagoz (Ericeira) e zonas costeiras e saloias. O atum que não era aproveitado pelas fábricas de conservas, da zona da barriga e partes mais escuras do peixe, era conservado em água extremamente salgada dentro de barricas de madeira - um tipo de conserva ancestral, que precede a salga do bacalhau.
Hoje em dia encontra-se atum de barrica à venda em algumas mercearias antigas ou na praça. Devem-se escolher as partes escuras com longas espinhas, pois são menos secas. Demolha-se em água fria, mudando a água com bastante frequência no espaço de 24 horas, depois coze-se com couve portuguesa ou couve galega e batatas. No prato, tempera-se com azeite e vinagre.
Lá dizia o povo "No Dia de S. Martinho via à adega e prova o vinho." Feliz dia de S. Martinho!
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