quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Se não contássemos o tempo


O corpo (já) não me denuncia.
Mas dentro dele há um relógio,
uma máquina a trabalhar,
que não pára e não deixa esquecer
e ainda por cima não se cala!
São perguntas e mais perguntas.
São perguntas sem fim.
Se não contássemos o tempo
teriam as saudades o mesmo tamanho?
E estas saudades que sinto, curam-se?
E o que se chama ao ter saudades
de alguem que está mesmo ali ao nosso lado?
E ao termos saudades de nós próprios?
Serão perguntas sem resposta?

2 comentários:

dia-a-dia disse...

«Se não contássemos o tempo
teriam as saudades o mesmo tamanho?»

As saudades alimentam-se de tempo... e só conta o tempo quem tem saudades. É um ciclo a que não escapa quem ama genuina e incondicionalmente, como... uma MÃE, só uma mãe.

As saudades de nós e de quem está próximo não são saudades, eu acho... são mais uma espécie de nostalgia com algum inconformismo passivo à mistura...

Linda foto.

Beijo.

fairybondage disse...

Saudades de nós...
de um tempo ausente
e ainda presente
na memória...
no olhar...
saudade do que guardamos
atrás deste mar
que somos nós
sem tempo...

Mil beijinhos